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'Capital do churrasco', Porto Alegre revê lei contra churrasqueira nas ruas

Karina da Silveira, que vende churrasquinho a R$ 10 nas ruas de Porto Alegre - Luciano Nagel/UOL
Karina da Silveira, que vende churrasquinho a R$ 10 nas ruas de Porto Alegre Imagem: Luciano Nagel/UOL

Luciano Nagel

Colaboração para o TAB, de Porto Alegre

19/07/2022 04h01

Desde que aprendeu a fazer churrasco, a gaúcha Karina da Silveira, 37, foi às ruas. Levava a churrasqueira dentro do carro e a instalava no centro de Porto Alegre para vender espetinhos a R$ 10, com um olho no ponto da carne e outro na fiscalização. Se precisasse, e muitas vezes precisava, recolhia os apetrechos para "arrancar com tudo" antes de os agentes se aproximarem. Isso porque, embora comum, assar churrasco nas ruas da cidade é proibido, ível de multa de até um salário mínimo (R$ 1.212).

Entretanto, na última quarta-feira (13), vereadores da capital gaúcha aprovaram um projeto de lei que autoriza o uso de churrasqueiras em vias públicas como praças, calçadas, canteiros e rótulas, derrubando assim a proibição que vigorava desde o período da ditadura militar, o artigo 18 do Código de Posturas do Município, aprovado durante o governo do prefeito Thompson Flores (1969-1975).

De autoria do vereador Felipe Camozzato (Novo), a proposta de derrubar a proibição foi bem aceita entre os parlamentares: dos 32 vereadores presentes na sessão, 31 votaram a favor e um se absteve. Para o churrasquinho de rua ser liberado de vez, ainda é preciso ar pelo crivo do prefeito Sebastião Melo (MDB). O texto revisado diz que é possível acender fogo nas vias públicas para "fins gastronômicos e culturais" — a venda de espetinhos já estava dentro da lei desde abril.

Assar carne, diga-se, faz parte da atmosfera da cidade. A Prefeitura de Porto Alegre realizou o projeto "Capital Mundial do Churrasco'', uma churrascada que reuniu "assadores" no Parque Harmonia, em junho, a fim de divulgar a cultura churrasqueira e movimentar o turismo. O governo também pretende consolidar setembro como o "mês do churrasco" e instituir uma universidade, um museu e, em outubro, um festival internacional, todos dedicados ao churrasco.

Churrasquinho de rua de Porto Alegre - Luciano Nagel/UOL - Luciano Nagel/UOL
Não era permitido acender churrasqueira na rua na capital gaúcha desde a ditadura militar
Imagem: Luciano Nagel/UOL

'Terra dos churrasqueiros'

Karina ficou feliz com a notícia — ela e os diversos vendedores de churrasquinho de rua espalhados no fim de semana na orla do Lago Guaíba. Não muito distante do carrinho dela estava o de Reinoldo Silva Rosin, 48, natural de Nova Bréscia (RS), conhecida como a "terra dos churrasqueiros''.

Reinoldo conta que trabalhou em grandes churrascarias nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro na década de 1990, adquirindo experiência, e depois se mudou para Porto Alegre.

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Reinoldo Silva Rosin, de Nova Bréscia, conhecida como 'terra dos churrasqueiros'
Imagem: Luciano Nagel/UOL

"Sempre adorei assar uma boa carne. Tenho um irmão que vive em Tóquio e também trabalha há 18 anos numa churrascaria", diz ele, que há pouco mais de um ano vende espetinhos por ali.

"Minha cidade é conhecida nacionalmente por ter bons churrasqueiros'', comentou, orgulhoso, o bresciense que também trabalha com pinturas e persianas. Espera vender agora com mais tranquilidade, "sem aquele receio de os fiscais levarem as coisas, ou de tomar multa". Antes, guardas municipais estavam interrompendo confraternizações e recolhendo carrinhos.

Da rua ao foodtruck

Com o fogo já na brasa e a carne pronta no espeto de pau, Gilmar Oliveira, 58, aguardava a chegada de clientes para mais um dia de vendas. Apesar do frio, domingo (17) prometia um bom movimento devido à última festa do Orgulho LGBTQIA+ em Porto Alegre.

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'Doce dava muito trabalho e não rendia tanto', conta Gilmar Oliveira
Imagem: Luciano Nagel/UOL

O churrasqueiro era eletricista em uma empresa privada e foi demitido em 2012. Em busca de uma nova fonte de renda para sustentar a família, começou a vender doces caseiros no Parque Farroupilha, conhecido como Redenção, um dos mais tradicionais da cidade.

Não muito tempo depois ou para os espetinhos. "Doce dava muito trabalho e não rendia tanto quanto os churrasquinhos", conta ele, que trabalha mais de 10h por dia vendendo assados à beira do Guaíba junto com a família.

Churrasquinho de rua de Porto Alegre - Luciano Nagel/UOL - Luciano Nagel/UOL
A prefeitura pretende criar universidade, museu e festival internacional dedicados ao churrasco
Imagem: Luciano Nagel/UOL

A porto-alegrense Lisabeth Muller dos Santos, 49, vende churrasquinhos no espeto há 24 anos na orla do Guaíba, perto da Usina do Gasômetro. Conta que, com o trabalho, construiu a casa própria, comprou um carro e recentemente adquiriu um foodtruck. No minicaminhão, conta com quatro funcionários nos finais de semana. "Para nós, vendedores ambulantes, será um grande avanço a derrubada dessa antiga lei."