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AO GOSTO DO FREGUÊS

Sexo grupal na praça e no ônibus: Inner Club, em São Paulo, realiza desejos de clientes

Rodrigo Bertolotto (texto) e Mariana Pekin (fotos) Do TAB, em São Paulo Mariana Pekin/UOL

Os casais entram de mãos dadas na Inner Club. Em pouco tempo, aqueles dedos carinhosamente entrelaçados vão estar percorrendo outros corpos, arranhando traseiros alheios e estofados coletivos.

Caçadora, Renata* olha e se insinua para um casal de novinhas. Seu marido confia no gosto dela. O acordo deles é: ela comanda, ele nem opina. "Só não pode beber muito, porque aí ela pega qualquer uma", brinca Renan*.

"Transo com mulher desde a adolescência, mas meu gozo é na penetração, e só com meu marido. Não me acostumei com o cheiro dos outros homens", revela Renata, casada há 17 anos e com dois filhos adolescentes em casa enquanto os pais estão na gandaia.

O par desejado é lindo. Uma negra de cabelos cacheados e corpo moldado pelo vestido de vinil e uma loira de óculos e roupas soltas. Iluminadas pelos lasers coloridos, elas balançam no meio da pista e elevam a energia tesônica do lugar. Pela troca de carinhos e beijos, parece um apaixonadíssimo par monogâmico, mas, se estão no swing, é porque querem algo a mais.

Ao lado, uma veterana siliconada se atraca com uma ninfeta só de calcinha. O acompanhante grisalho de uma delas se aproxima e engata um beijo triplo. Os mundanos não têm idade. Ou melhor, têm todas.

Depois de muita lambeção, o trio vai cambaleante para a área reservada. Se na pista impera o soft porn, nas cabines o estilo é hardcore na casa de swing com 24 anos de tradição.

Aba Anônima publicará uma série de reportagens com um "test drive" de casas de swing pelo Brasil. Esta é a primeira.

AROMA DO AMOR

"Limpamos tudo com antibactericidas sem perfume porque aqui precisa ter cheiro de sexo, de feromônio", define Thais Jacomossi, sócia da casa. A equipe de seguranças e faxineiros são vultos eficientes no meio daquela procissão profana na penumbra.

A acústica da "área de interação" abafa o classic rock que vem da pista. A trilha ali é de urros, gemidos, suspiros e estalos de carne se batendo. Na afobação, a clientela se tromba nos corredores. Uns querem ver; outros, serem vistos. Uns planejam ménages à trois; outros, trocas de casais. Cada um monta seu combo.

Solteira entre tantas duplas, Adriana* veio atrás de sacanagem. "Só comecei, quero gozar mais. Venho para meter com muita gente por todo lado. Quero gritaria. Fico excitada com o prazer geral. É como se tivesse eletricidade no ar", confessa, após duas trepadas em sofás coletivos. "Já não curto mais sexo convencional, só em casa no 1 a 1. É chato."

Adriana não é exceção. Há três décadas trabalhando com os suingueiros, o gerente Cláudio Geraldo explica esse universo. "Aqui não tem briga como nas baladas comuns, porque o pessoal não bebe tanto, e os frequentadores são respeitosos. É muito difícil ter cenas de assédio ou ciúmes", conta. "O problema mesmo é manter o negócio em pé, porque a mulherada é insaciável. Quer mais, quer vários. Os homens param. Elas não."

SEXO É TROCA

A Inner se assemelha a uma casa noturna convencional, com pista de dança, balcão de bar e mesas para os convivas, a não ser por dois detalhes: 1) uma parede no mezanino é toda decorada com posições orgiásticas em estilo afresco romano; 2) um de LED orienta onde estão as saletas, o cinema pornô e a masmorra.

Quem segue as setas luminosas vai parar em corredores escuros com paredes cheias de portas e espaços coletivos. Há um labirinto só para casais, com segurança na entrada barrando os solteiros (pulseiras dadas na portaria distinguem o estado civil da freguesia). Já os cônjuges só podem transitar juntos pela área dos reservados, para evitar escapadinhas dos maridões.

A masmorra conta com tochas artificiais e uma cela. Lá, uma prisioneira voluntária era enrabada enquanto proporcionava boquetes para os varões que oferecessem suas varas através das grades.

Um ônibus antigo estacionado no galpão é propício para o sexo grupal em todos os assentos (menos o do motorista). Ao contrário do que acontece na vida real, todos preferem o corredor (mais movimentado) à janela.

Há também um octógono estilo UFC, cercado de alambrado, para o vale-tudo das artes amorosas. E no final da casa, uma praça cenográfica com bancos, postes e uma foto gigante de um coreto satisfaz exibicionistas e voyeuristas.

OUTRAS COMIDAS

"Aqui a cachorrada corre solta", define Ariana*. A cearense e o marido italiano adoram praticar o revezamento de parceiros. Em suas viagens, frequentam boates similares. "A Inner tem nível internacional. Só falta um sushizinho pra gente matar a fome nos intervalos", opina. A casa não trabalha com comida pelo foco na limpeza dos ambientes, argumenta a gerência.

Um rigoroso código interno não permite que homens fiquem de peito nu na pista — só a stripper, durante seu show, pode desnudar o sortudo que puxar para o palco. Também é barrada a entrada de quem estiver de boné ou regata. "Homens precisam de mais regras", diz Thais.

Outra prática proibida é fotografar. Se alguém levantar o celular e apontar, um segurança se aproxima prontamente para garantir a privacidade dos outros. Foto mesmo, só selfie diante de um banner na entrada — é preciso contentar também aqueles que querem posar de liberais e transantes nas redes sociais.

Thais sucedeu o pai no comando da casa, que existe desde 1999 e é a segunda mais antiga em funcionamento em São Paulo — só perde para a Marrakesh. Em 2023, a Inner trocou o bairro de Moema, a meca dos suingueiros paulistanos, por Santo Amaro, e duplicou seu espaço.

"As outras são baladas liberais, aqui é um clube de swing", define a sócia, a partir do perfil dos frequentadores e da proporção de espaços para sexo em relação às áreas para dançar, beber e conversar.

O perfil do público é mais de meia-idade, mas houve renovação da clientela depois da mudança de endereço. Apesar da presença de vários corpos esculpidos em sessões de musculação e cirurgia, a frequência é mais de pessoas comuns, que você encontraria em um corredor de supermercado ou fila de padaria.

Depois dos shows dos strippers à 1h da manhã, acontece uma verdadeira correnteza humana para a obscuridade das cabines.

O engenheiro civil Renan e a psicóloga Renata não conseguiram atrair para uma alcova aquele cobiçado casal feminino. Mas às 3h30 pintou na área uma morena, alta em vários sentidos (1,8m e vários tragos em cima). Após se trancarem, deram um trato na gata por 40 minutos.

Às 5h30, Renan e Renata voltaram para casa e, como fazem sempre para finalizar a noitada, transaram com muito tesão. Acordaram quase meio-dia para um domingo em família com os filhotes.

*Nomes trocados para manter a privacidade dos entrevistados.
**Agradecimentos ao casal Marina e Márcio, ao casal Pimenta e Carol Souza, influencers do mundo liberal, pela participação na sessão de fotos


SERVIÇO
Inner Club:
Rua Henri Dunant, 862, Santo Amaro, tel.: (11) 5090-3737. Funciona de terça a domingo. De sexta e sábado, o horário é das 21h às 6h (quarta e quinta abre às 16h). Valor do ingresso aos sábados: casal (R$ 230 ou R$ 330 revertidos em consumo), mulher (R$ 90, podendo consumir R$ 30) e homem (R$ 640, com consumação à parte)

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